segunda-feira, 26 de março de 2012

Jeceaba obtém primeiro lugar em Gestão Fiscal - Entre Rios assiste



Enquanto Entre Rios manteve um desempenho discreto, com 0.6893 pontos, na 79ª posição, Jeceaba obteve primeiro lugar, com 0.9388, no Índice FIRJAN de Gestão (IFGF) no estado de Minas Gerais, que mede o desempenho na gestão de recursos públicos nos municípios, divulgado no mês de março. Foram avaliados cinco indicadores: Receita Própria, Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida. 

O conceito de avaliação considerou três notas para as gestões. Sendo A, para resultados superiores a 0,8 pontos, B, entre 0,6 e 0,8 pontos, C, entre 0,4 e 0,6 pontos e D, inferiores a 04 pontos.

O índice tem como base as estatísticas oficiais disponibilizadas anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional, constituídas por informações orçamentárias e patrimoniais prestadas pelos próprios municípios. A leitura do IFGF é simples: a pontuação varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, melhor a gestão fiscal do município no ano em observação.

O município de Jeceaba obteve nota A em quatro, dos cinco indicadores, sendo destaque no estado. Entre Rios, obteve um desempenho muito discreto, com uma administração dos recursos bem modesta. Acompanhe no gráfico abaixo.

ÍNDICE FIRJAN EM ENTRE RIOS DE MINAS
POSIÇÃO
79ª
PONTUAÇÃO
0.683
GASTOS COM PESSOAL
0.546
INVESTIMENTOS
1 PONTO
LIQUIDEZ
0.9061
CUSTO DA DÍVIDA
0.994

A receita de Entre Rios quase não obteve avanços. Passou de 0.1655 em 2006 para 1.697 em 2010.
Os gastos com pessoal, diminuíram de 0,5664 em 2006 para 0,5460 em 2010. 

A cidade teve avanços positivos em investimentos e liquidez. Os investimentos saltaram de 0.6651 em 2006 para 1 (um) ponto em 2010 e a liquidez evoluiu de 0.7163 em 2006 para 0.9061 em 2010. O endividamento do município manteve-se o mesmo com 0.9944 pontos.

A receita de Entre Rios é uma das mais baixas de Minas e do Brasil, com pontuação D. Em comparação com outras cidades mineiras, Entre Rios tem a 465ª posição e no Brasil o desempenho é ainda pior, com a 2810ª posição.

Entre no site da FIRJAN e acompanhe os dados: http://www.firjan.org.br/ifgf/index.html


Opinião:

Muitos podem atribuir o melhor desempenho de Jeceaba no índice FIRJAN pela chegada da VSB. De fato, com um investimento de cerca de 2,5 bilhões, o município tem a possibilidade de distribuir melhor os recursos. No entanto, somente mais recursos, não é o único fator para uma boa administração. Responsabilidade com a comunidade, investimentos nas áreas sociais e principalmente, transparência com o dinheiro público, são elementares na construção de uma administração séria e comprometida.

Entre Rios, como mostrou a matéria, não foi nem quente nem frio, foi morno. Para a cidade melhorar o desempenho é preciso mais clareza nas contas públicas, como a prestação de contas do município disponível no portal da prefeitura ou nos jornais locais. Ouvir o cidadão, sem censurá-lo, também é importante, para a prefeitura investir nas áreas que mais carecem a população.

O indicador que mostra a queda de gasto com pessoal, a princípio, pode parecer uma economia para o município, mas também pode ser uma preocupação. Com menos gastos com pessoal, os serviços tendem a perder a excelência e o cidadão deixa de ser atendido adequadamente nas diversas áreas. A receita do município é muito baixa. Porém, nos últimos anos, observamos poucos investimentos. Enquanto São Brás do Suaçuí, outra cidade com uma população bem menor que Entre Rios, receberá indústrias na área de siderurgia na casa de 200 milhões, o entrerriano fica com a impressão de que estamos de braços cruzados. Enquanto a região inteira está crescendo, Entre Rios está apenas na carona, recebendo o ônus(problemas) destes investimentos.

Gerir recursos é um dever de todo governo, como é dever divulgar com clareza a prestação de contas a todos os cidadãos. É dever também da administração buscar parcerias, indústrias, para melhorar a arrecadação e a receita do município, para podermos ter serviços de qualidade na saúde, educação, assistência social, na infraestrutura e na prática esportiva do município.

É preciso mais ousadia. Entre Rios precisa ser o ator principal. Senão, é melhor comprar um ingresso e assistirmos sentados o espetáculo do crescimento das cidades da região.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Gambike amplia sua força como competição estadual




Sucesso, o Gambike chega à sua 9ª edição com reconhecimento nacional. O evento que atrai atletas de todo o estado, no final do ano passado conseguiu mais duas grandes conquistas. O reconhecimento pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, que oficializa a marca do Gambike como única no mundo e a possibilidade de pontuação  pelo Ranking Mineiro da categoria pela FMC - Federação Mineira de Ciclismo, para atletas mineiros, que agora podem alcançar índice em competição estadual.

Em entrevista ao blog Nação Jovem, Silvandir Vieira de Lima Organizador e Idealizador do evento nos conta um pouco da trajetória do Gambike e a importância deste evento para Entre Rios de Minas e para todo o estado de Minas Gerais.

N. J: Como surgiu a ideia do nome Gambike? 
Silvandir:  Foi uma singela homenagem à conhecida serra do Gambá, relacionando um nome perfeito, "Gambike", à tão exuberante natureza da paisagem que é ponto de referência de longe, quando avistada. Desde então, fazemos uma edição a cada ano, desde 2004.


N. J: Por que fazer uma competição?
Silvandir: Identifiquei-me com a atividade e tive apoio de pessoas influentes da área, como o Tadeu, que tinha uma trajetória no esporte, sendo um dos principais nomes da AMETUR, hoje, Copa Internacional de Mountain Bike. O Gambike nasceu com a proposta que vem a se promover, através da ação, esportiva e desportiva, o desenvolvimento pessoal e social, cultural e ambiental, como forma de lazer, entretenimento, melhoramento da qualidade de vida de crianças e adolescentes, contribuindo para a construção de uma visão mais ampla da realidade em que estão inseridos, na busca do exercício pleno de sua cidadania. O evento é caracterizado pelo órgão federal INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial como provedor de Educação, Provimento de Treinamento, Entretenimento, Atividade Desportiva e Cultura.


N. J: Nestes nove anos de competição, o que mais marcou?
Silvandir: Foram muitos momentos. Fica difícil descrever um em específico. Mas o que marca muito é o reconhecimento do público envolvido diretamente e indiretamente, o envolvimento das empresas de nossa região, e agora esta marca atingida junto à Federação Mineira de Ciclismo.


N. J: Como é feita a escolha das vias? Você encontra dificuldades para traçar o trajeto?
Silvandir: Fazemos o planejamento através de um mapa que desenvolvemos da cidade, observando cada situação. Escolhemos as vias que preservam a integridade física dos atletas e que não comprometa de forma significativa o trânsito da cidade. Acho que por ser um evento que atingiu este know how, poderíamos ter mais liberdade em trabalhar esta grandiosa atividade na cidade.


N. J: A marca Gambike foi reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial recentemente. O que isto significa?
Silvandir: Foi feita uma pesquisa autoral, respaldando o evento. A marca é única no mundo e agora registrada como propriedade de minha autoria. 


N. J: E sobre o reconhecimento da Federação  Mineira de Ciclismo, o que isto significa para o Gambike?
Silvandir: Este título foi em virtude da seriedade e comprometimento do evento ao longo destes nove anos. Acredito que vamos atrair ainda mais atletas para a prova. Como atingimos o ranking da classe três, os atletas mineiros, poderão obter índice classificatório para outras competições estaduais.


N. J: Como é dividida esta questão do Ranking?
Silvandir: A Federação classifica da seguinte forma:
Ranking 1 - Nível internacional - UCI
Ranking 2 – Nacional - CBC
Ranking 3 – Estadual - FMC
As provas poderão fazer parte do ranking mineiro, desde que respeitadas todas as normas e regulamento da UCI, CBC e FMC.


N. J: O Gambike é um evento que conseguiu manter uma sequência durante nove anos. Em Entre Rios de Minas, outros eventos de iniciativa da sociedade civil não conseguiram manter esta duração. Em sua opinião, por que isto acontece? 
Silvandir: Acho que há conflitos de interesses entre a sociedade e o poder público. Os poderes constituídos deveriam não só apoiar, mais sim financiar os eventos que são iniciativas que promovem  o índice do desenvolvimento humano através da cultura e do desenvolvimento social, o esporte e o lazer da cidade. Tínhamos em Entre Rios de Minas vários outros eventos desta natureza que valorizavam a cultura. Acredito que por divergências políticas e conflitos de interesses, eles não conseguiram manter uma sequência. O Gambike permanece firme e forte. Corremos muito atrás para que o evento aconteça a todo ano e deixamos bem claro os objetivos e a proposta do Gambike para a cidade e para Minas Gerais. É de conhecimento público que as prefeituras municipais não dispõem de estruturas básicas suficientes para atender eventos de acordo com as necessidades da população. Principalmente em razão de suas atenções estarem voltadas para os aspectos básicos nas áreas de saúde, segurança e habitação. Desta maneira, é fundamental, e até imprescindível, a ação do Poder Público Municipal no reforço, apoio e promoção de eventos esportivos, de lazer e infraestrutura. O Gambike elabora seu projeto específico, com vista a estimular a população do bem-estar social, turista, excursionista e demais visitantes. Com a execução deste projeto, o Gambike pretende proporcionar a população com ação desportiva e recreativa na praça principal da cidade. 


N. J: O Gambike este terá novo trajeto este ano?
Silvandir: Sim. Este ano o ponto de partida e chegada dos atletas será na Praça Cel. Joaquim Resende - Centro. É um local com muitas árvores, seguro e que é cortado por poucas vias. Com certeza irá diminuir os impactos sobre o trânsito e principalmente preservar a integridade dos atletas.




Mais informações e inscrições para o Gambike 2012 através do blog: http://gambike.blogspot.com/