Meu amigo músico e estudante de psicologia Pedro Borges, filho do Dr. José Pedro, me enviou este presente de Natal e Ano Novo, um texto que traz uma reflexão muito importante sobre o papel da juventude nesta Era da Informação. É preciso nos situarmos, conhecermos a nós mesmos e acreditarmos que somos capazes de mudar o mundo com ideias coerentes, inovadores e principalmente coletivas. O blog Nação Jovem desde já deseja um Novo Ano cheio de realizações e que você, jovem, possa continuar se inteirando de informações e notícias que possam fazer diferença no dia-a-dia e fazer de Entre Rios cada vez uma cidade melhor de se viver.
Confira o artigo na íntegra:
É possível ser maduro já na juventude?
Por Pedro Borges
Provavelmente você já deve ter estudado nas aulas de História do ensino fundamental sobre as revoluções Neolítica e Industrial devido ao impacto das modificações geradas por elas em nossa sociedade. Se você não teve acesso ao conhecimento sobre este assunto ou simplesmente não se lembra mesmo do que se tratam estes fatos, basta clicar nos itens em azul que a informação se encontra aí.
Pois é. Por aí vemos que o homem está em constante evolução, adaptação, mudança. E hoje, depois de algumas revoluções e muitos séculos quebrando a cachola, chegamos ao ponto em que com apenas um clique conseguimos encontrar respostas para todo tipo de perguntas, desde as mais simples do tipo Como amarrar um sapato?, e curiosidades como Qual a maior palavra do mundo?, indo até questões úteis Como consertar um chuveiro? e extremamente complexas Qual a função social da escola?
Em nenhum outro momento da humanidade tivemos tantas informações acessíveis a uma velocidade tão rápida. No despontar do século XXI, vivemos a era da Revolução da Informação. Um mundo inteiro conectado por tecnologia, permitindo que seres humanos se comuniquem em tempo real de qualquer local do planeta, façam compras no outro lado do mundo – na China, por exemplo – e inclusive produzam filmes sobre um dia de suas vidas neste asteróide pequeno que todos chamam de Terra, como diria o enigmático Zé Ramalho. Tudo isso sem sair de casa!
Porém caro leitor, talvez você já tenha se perguntado, mas eu sugiro que reflita novamente: o que é que você vai fazer com tudo isso? Principalmente você, jovem, recém chegado nesta existência e que acessa este blog, o que fará da sua vida com todas estas informações? E não adianta perguntar ao mestre Google – veja que eu mesmo já tentei – porque ele não tem a resposta para tal pergunta: o máximo que ele conseguiu foi desviar do xis da questão de forma virtualmente prolixa.
Não é à toa que hoje também temos tantas pessoas com depressão – doença tipicamente urbana, tomando ansiolíticos para conseguir dormir e diagnosticados como bipolares e/ou hiperativos. Se até o Google se esquiva de uma pergunta dessa, imaginem nós, meros mortais, detentores apenas de um cérebro – que por sinal é mais potente que qualquer computador já criado, tendo que lidar com esta questão existencial a todo momento?
Escolhas: VOCÊ é o resultado delas. Procuramos preencher nossas vidas eliminando a angústia existente entre uma escolha e outra. Uma coisa é certa: quando você deixa de escolher, alguém estará escolhendo por você. Talvez por ser um pouquinho zarolho o pensador francês Jean-Paul Sartre tinha uma visão diferente das coisas, e disse certa vez: “O homem está condenado a ser livre”. Que belo som possuem estas palavras para o jovem que não vê a hora de conquistar a independência dos pais! Mas... e quando eu for independente, como vou saber se tomei a escolha “certa”?
Tal juízo deriva da maneira como você lida com o campo da ética. Enquanto o Direito trabalha as questões morais para determinar quais são as leis mínimas necessárias para a nossa vida em sociedade, a ética busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano. Portanto, a partir daí a escolha depende de você e seus valores: o que você realmente valoriza para viver bem? Suas ações e prioridades de vida estão de acordo com estes valores?
Dessa forma, o jovem pode nortear sua existência firmando suas ações em valores éticos como honestidade, racionalidade, autoconhecimento e assistência, priorizando o seu tempo e oportunidades de forma útil, através da articulação social positiva, do desenvolvimento intelectual, do senso crítico e de ações comunitárias, em prol do melhor para todos. Demonstra assim maturidade e responsabilidade quanto ao seu propósito de vida, pois sabe que não precisa esperar que seu desenvolvimento biológico atinja a fase adulta para poder escolher com discernimento, apesar de sua relativa inexperiência.
Ao entender que existem idéias libertárias que ajudam as pessoas a viver com mais autonomia e qualidade, o jovem, ao vivenciá-las através de seu exemplo, pode contribuir e muito para uma sociedade mais justa, igualitária e produtiva para um número maior de seres humanos. Não através da revolta; mas sim pela inversão precoce dos valores pessoais perante a sociedade, ainda infantilizada e carente de ética.
Vivemos em tempo de revolução. Mais do que ter informação é preciso um propósito de vida determinado e fundamentado em valores éticos. É um movimento silencioso que poucos sabem o que é, mas cujo impacto não pode ser medido nem avaliado, apenas sentido por aqueles ao seu redor. É tempo de revolução íntima.
Artigo escrito em 27/12/2011
Pedro Borges, 23 anos, natural de Entre Rios de Minas, representante comercial na empresa Tupiara Iluminações, colaborador na empresa Traço-Força Capacitação Pessoal, bacharel em Música com habilitação em violão pela UFMG e estudante de Psicologia pela UFPR, voluntário da Conscienciologia desde janeiro de 2010 e docente do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia desde maio de 2011. Já realizou recitais de violão de cunho beneficente para instituições entrerrianas como APADEQ e IMHA. Atualmente reside em Curitiba – PR.
Parabéns,Pedro. Agindo com esta maturidade precoce, voce pode ser um dos responsáveis por esta mudança que tanto lutamos. Não era de esperar de voce outro comportamento, sabendo suas origens.
ResponderExcluirMais uma vez PARABÉNS.
Luiz Miranda de Rsende:.