O Hospital Cassiano Campolina, através de sua provedoria, enviou nesta sexta-feira, 16 de dezembro, nota ao blog Nação Jovem sobre o funcionamento e a situação financeira da entidade. Porém não respondeu às reclamações dos milhares de leitores sobre o mal atendimento do Dr. Gumercindo Cabrera, nem sobre a humanização do atendimento como foi proposto no artigo. Entramos em contato com o Túlio, provedor do Hospital no dia 22 de novembro e somente hoje tivemos um parecer oficial. É importante ressaltar que o blog Nação Jovem descreveu o problema do médico Cabrera, mas salientou que mais importante que ter profissionais com currículo é ter um trabalho de humanização. Entendemos as dificuldades do Hospital. Mas a humanização que propomos não envolve recursos, somente diálogo e metodologia de trabalho e atendimento. Entramos em contato com o provedor inúmeras vezes, convidando-o inclusive para o programa Nação Jovem que vai ao ar todo sábado às 9h na Entre Rios Fm para falar sobre a realidade do Hospital, as dificuldades de mantê-lo, muito antes do texto sobre o Dr. Cabrera. Infelizmente nosso convite foi negado. Chegou até a desmarcar entrevista previamente agendada.
No entanto, como forma de dar satisfação ao cidadão que quer respostas e exclarecimentos, publico abaixo e-mail enviado no dia 22 de novembro para a provedoria e também a nota oficial do Hospital. O que reforça que o blog é um canal democrático, claro, transparente e que tem como única missão informar o cidadão e despertar nele os atributos de cidadania: questionar, cobrar, se inteirar e também participar de todos os assuntos relativos à cidade.
Como prometido aos milhares de leitores do blog, publico as perguntas que fiz no dia 22 de novembro e o parecer do Hospital Cassiano Campolina. Tire suas conclusões:
De: Alexandre Costa <llexxander@gmail.com> Data: 22 de novembro de 2011 20:19 Assunto: Entrevista Blog Nação Jovem(URGENTE) Para: gruporesende@yahoo.com.br Olá Túlio boa tarde. | |||||||||
Aqui quem escreve é o jornalista Alexandre Costa. Tentei te enviar as perguntas para o e-mail do Hospital
Cassiano Campolina, porém não consegui. De qualquer forma, como
combinado segue o link com o artigo que escrevi. Abaixo do texto tem os
comentários que você pode acompanhar os relatos das pessoas que foram
mal atendidas pelo Dr. Cabrera. http://nacaojovementrerios. ( Primeiramente gostaria que dissesse seu nome e seu cargo no Hospital Cassiano Campolina) 1- O senhor já ouviu alguma reclamação do Dr. Gumercindo Cabrera? 2 - Ele trabalha sobre regime de contrato? O contrato vai até quando? 3 - Como relatei para o senhor, no blog Nação Jovem houveram vários depoimentos do mal atendimento do Dr. Cabrera. O Hospital já tomou alguma providência quanto a ele? 4 - Diante das denúncias postadas pelos nossos leitores é possível afastá-lo cargo? 5- Que atitude o leitor do blog pode esperar em relação ao Dr. Cabrera? 6 - Em várias cidades do Brasil acompanhamos o trabalho de humanização do atendimento médico. Em Entre Rios há? Quais as dificuldades? 7 - Seria possível haver em Entre Rios um seminário anual entre Hospital, Secretaria de Saúde e Assistência Social, Conselho Municipal da Saúde e sociedade para aprimorar o atendimento médico e qualificar para que ele seja humanizado? 8 - O que é preciso para que isto aconteça. O que o cidadão de Entre Rios pode esperar? Obrigado,
Alexandre Costa
Nota oficial do Hospital Cassiano Campolina às perguntas do blog Nação Jovem:
Prezado Alexandre Costa,
Em atendimento as perguntas dirigidas a este
Hospital temos a expor e esclarecer o seguinte:
O Hospital Cassiano Campolina é uma Instituição
Privada e Filantrópica, regida por Estatuto e dirigida por uma Irmandade
composta de 30(trinta) Membros. A Gerência e administração do Hospital é
conferida a um Conselho Diretor constituído por um 1 Provedor, 2
Vice-Provedores, 2 Tesoureiros, 2 Secretários e os demais membros do Conselho Fiscal.
A Entidade não remunera os Membros de sua Diretoria pelo exercício específico
de suas funções, não distribui lucros, vantagens ou bonificações a seus
dirigentes, associados ou mantenedores, sob nenhuma forma.
Em janeiro de 2011, fui eleito como Provedor,
juntamente com o Conselho Diretor e Fiscal para um mandato de 3 anos.
Assim que tomei posse tive conhecimento de todos os
problemas que envolvem uma Instituição Filantrópica que atende a 90% dos
usuários provenientes do SUS - Sistema Único de Saúde.
O SUS desde sua implantação até os tempos atuais
obteve inúmeros avanços, porém os recursos destinados à sua manutenção sempre
estiveram aquém das reais necessidades de desenvolvimento. A oferta de um
tratamento gratuito são ressarcidas pelo Governo, através de uma tabela
desatualizada e que há muito não recebe as correções necessárias. Informo que
para cada R$ 100,00 utilizados no atendimento gratuito, recebemos apenas R$
60%. , portanto assim começam os desequilíbrios financeiros.
Para o funcionamento do Pronto Atendimento o
Hospital Cassiano Campolina possui um Contrato para prestação dos Serviços de
Urgência e Emergência. Este Contrato teve início em dezembro de 2001 e foi
renovado a cada ano, simultaneamente e está vigente até dezembro de 2011.
Desde janeiro de 2011, os atendimentos médicos continuaram da mesma forma,
utilizando inclusive os mesmos profissionais que aqui estavam onde eram na
época selecionados e contratados através do contato direto com o Coordenador do
Pronto Atendimento.
No entanto tendo em vista algumas reclamações,
através da imprensa escrita e falada, ou mesmo usuários comuns que relatavam
nas Pesquisas de Opiniões realizadas mensalmente na Instituição, verificamos a
necessidade imediata de mudanças; porém esclarecemos que esta não foi e nem tem
sido uma tarefa fácil; o número elevado de atendimentos, a baixa remuneração
ofertada inflacionada pelos valores pagos aos profissionais na região, a
dificuldade de locomoção devido à superlotação das rodovias que dão acesso a
Entre Rios de Minas contribuíram para a demora em realizar mudanças radicais.
É importante salientar que durante um bom tempo
alguns PSFs do Município ficaram sem profissionais médicos, causando uma
sobrecarga no Pronto Atendimento, pois a maioria dos casos não eram
considerados como urgência e emergência e não tinham como serem referenciados.
Diante do exposto afirmamos que muitas mudanças
solicitadas pelos usuários já foram realizadas e estamos trabalhando cada vez
mais para que o Hospital continue como parceiro na luta por um atendimento
digno, humano e respeitável a todos, indistintamente.
Finalmente esperamos que qualquer debate envolvendo
um tema tão frágil e de tamanha seriedade seja tratado com serenidade e
respeito.
Sejamos unidos na busca de soluções para os
diversos e complexos problemas que envolvem não só esta Instituição Centenária
e Filantrópica, como todo o Sistema de Saúde.
Túlio Luis Resende
Provedor
Dezembro/2011.
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A população, com certeza, leva a serio o assunto em debate, e por isso questiona alguns problemas existentes no HCC. A presença de um medico que receita glicose para um diabético ou destrata seus pacientes é um problema que deve ser solucionado com urgência e, apontado sem rodeios. Acredito no potencial da gerencia e administração do hospital, pois diante de tantos problemas a mesma se mostra capaz de manter a instituição, falta agora humaniza-la.
ResponderExcluirA humanização é uma mudança necessária, feita de dentro pra fora pelo esforço individual e voluntário. Isso independe de um contracheque.
ResponderExcluirResumindo: Falta vergonha na cara do veterinário, digo, médico Dr. Cabrera.