Sucesso,
o Gambike chega à sua 9ª edição com reconhecimento nacional. O evento que atrai
atletas de todo o estado, no final do ano passado conseguiu mais duas grandes
conquistas. O reconhecimento pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial,
que oficializa a marca do Gambike como única no mundo e a possibilidade de
pontuação pelo Ranking Mineiro da categoria pela FMC - Federação Mineira
de Ciclismo, para atletas mineiros, que agora podem alcançar índice em
competição estadual.
Em
entrevista ao blog Nação Jovem, Silvandir Vieira de Lima Organizador e Idealizador
do evento nos conta um pouco da trajetória do Gambike e a importância deste
evento para Entre Rios de Minas e para todo o estado de Minas Gerais.
N.
J: Como
surgiu a ideia do nome Gambike?
Silvandir: Foi uma singela homenagem à
conhecida serra do Gambá, relacionando um nome perfeito, "Gambike", à
tão exuberante natureza da paisagem que é ponto de referência de longe, quando
avistada. Desde então, fazemos uma edição a cada ano, desde 2004.
N.
J: Por que
fazer uma competição?
Silvandir: Identifiquei-me com a atividade e
tive apoio de pessoas influentes da área, como o Tadeu, que tinha uma
trajetória no esporte, sendo um dos principais nomes da AMETUR, hoje, Copa
Internacional de Mountain Bike. O Gambike nasceu com a proposta que vem a se promover,
através da ação, esportiva e desportiva, o desenvolvimento pessoal e social,
cultural e ambiental, como forma de lazer, entretenimento, melhoramento da
qualidade de vida de crianças e adolescentes, contribuindo para a construção de
uma visão mais ampla da realidade em que estão inseridos, na busca do exercício
pleno de sua cidadania. O evento é caracterizado pelo órgão federal INPI –
Instituto Nacional da Propriedade Industrial como provedor de Educação, Provimento
de Treinamento, Entretenimento, Atividade Desportiva e Cultura.
N.
J: Nestes
nove anos de competição, o que mais marcou?
Silvandir: Foram muitos momentos. Fica
difícil descrever um em específico. Mas o que marca muito é o reconhecimento do
público envolvido diretamente e indiretamente, o envolvimento das empresas de
nossa região, e agora esta marca atingida junto à Federação Mineira de
Ciclismo.
N.
J: Como é
feita a escolha das vias? Você encontra dificuldades para traçar o trajeto?
Silvandir: Fazemos o planejamento através de
um mapa que desenvolvemos da cidade, observando cada situação. Escolhemos as
vias que preservam a integridade física dos atletas e que não comprometa de
forma significativa o trânsito da cidade. Acho que por ser um evento que
atingiu este know how, poderíamos ter mais liberdade em trabalhar
esta grandiosa atividade na cidade.
N. J: A marca Gambike foi reconhecida
pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial recentemente. O
que isto significa?
Silvandir: Foi feita uma pesquisa autoral,
respaldando o evento. A marca é única no mundo e agora registrada como
propriedade de minha autoria.
N.
J: E sobre o
reconhecimento da Federação Mineira de Ciclismo, o que isto significa
para o Gambike?
Silvandir: Este título foi em virtude da
seriedade e comprometimento do evento ao longo destes nove anos. Acredito que
vamos atrair ainda mais atletas para a prova. Como atingimos o ranking da classe
três, os atletas mineiros, poderão obter índice classificatório para outras
competições estaduais.
N.
J: Como é dividida
esta questão do Ranking?
Silvandir: A Federação classifica da
seguinte forma:
Ranking 1
- Nível internacional - UCI
Ranking 2
– Nacional - CBC
Ranking 3
– Estadual - FMC
As provas
poderão fazer parte do ranking mineiro, desde que respeitadas todas as normas e
regulamento da UCI, CBC e FMC.
N.
J: O Gambike
é um evento que conseguiu manter uma sequência durante nove anos. Em Entre Rios
de Minas, outros eventos de iniciativa da sociedade civil não conseguiram
manter esta duração. Em sua opinião, por que isto acontece?
Silvandir: Acho que há conflitos de
interesses entre a sociedade e o poder público. Os poderes constituídos
deveriam não só apoiar, mais sim financiar os eventos que são iniciativas que
promovem o índice do desenvolvimento
humano através da cultura e do desenvolvimento social, o esporte e o lazer da
cidade. Tínhamos em Entre Rios de Minas vários outros eventos desta natureza
que valorizavam a cultura. Acredito que por divergências políticas e conflitos
de interesses, eles não conseguiram manter uma sequência. O Gambike permanece
firme e forte. Corremos muito atrás para que o evento aconteça a todo ano e
deixamos bem claro os objetivos e a proposta do Gambike para a cidade e para
Minas Gerais. É de conhecimento público que as prefeituras municipais
não dispõem de estruturas básicas suficientes para atender eventos de acordo
com as necessidades da população. Principalmente em razão de suas atenções
estarem voltadas para os aspectos básicos nas áreas de saúde, segurança e
habitação. Desta maneira, é fundamental, e até imprescindível, a ação do Poder
Público Municipal no reforço, apoio e promoção de eventos esportivos, de lazer
e infraestrutura. O Gambike elabora seu projeto específico, com vista a
estimular a população do bem-estar social, turista, excursionista e demais
visitantes. Com a execução deste projeto, o Gambike pretende proporcionar a população com ação desportiva e recreativa na praça principal da cidade.
N.
J: O Gambike
este terá novo trajeto este ano?
Silvandir: Sim. Este ano o ponto de partida
e chegada dos atletas será na Praça Cel. Joaquim Resende - Centro. É um local
com muitas árvores, seguro e que é cortado por poucas vias. Com certeza irá
diminuir os impactos sobre o trânsito e principalmente preservar a integridade
dos atletas.