terça-feira, 10 de julho de 2012

Brasil será sede da 6ª Bienal de Jovens Criadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa



Saiu no blog da Secretaria Nacional da Juventude:

O Brasil irá sediar a 6ª Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que acontecerá em Salvador (BA), em 2013. A definição do país sede aconteceu durante a 5ª Conferência de Ministros e Responsáveis de Juventude e Esporte da CPLP realizada entre os dias 4 e 7 de julho, na cidade de Mafra, Portugal. A proposta foi apresentada pela Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, para a Bienal que prevê a participação de 20 jovens criadores por Estado-Membro (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Brasil).

A 6ª Bienal tem o objetivo de consolidar o espaço enquanto fórum de diálogo, intercâmbio multicultural e artístico entre os jovens, incentivando, apoiando e promovendo a criatividade, a inovação, o empreendedorismo e as Políticas Públicas para a Juventude. A última Bienal aconteceu em Angola, em 2011.

No evento os ministros da CPLP se reúniram para fazer um balanço sobre as atividades do biênio 2011/2012 e trataram de assuntos como as conclusões da I Reunião da Comissão Permanente da 6ª Bienal de Jovens Criadores e da Reunião da Comissão Permanente dos IX Jogos Desportivos que acontece em São Tomé e Príncipe, em 2014. Também foi apresentado o portal da Juventude e Desporto e o estabelecimento do acordo de cooperação entre os países. Na ocasião, a cidade portuguesa de Braga foi apresentada como a capital européia da juventude de 2012.

A 5ª Reunião da Conferência de Ministros Responsáveis pela Juventude e pelo Desporto acontece paralela à cerimônia de abertura dos Jogos Desportivos CPLP 2012. Os Jogos constituem um dos principais instrumentos da cooperação multilateral no domínio dos países que compõe a CPLP.

O evento é restrito às delegações sub 16 nas modalidades de handebol, atletismo, basquete, futebol e tênis, e sub 20 no esporte adaptado na modalidade atletismo PPD. O vôlei de praia, a título experimental, será com equipes sub 17. As modalidades e os países participantes têm aumentado desde a primeira edição, sendo que os primeiros Jogos com os oito países da CPLP foram em 2008, no Rio de Janeiro, data em que o Timor-Leste estreou no evento. Os VIII Jogos Desportivos da CPLP acontecem entre 7 e 15 de Julho de 2012, em Mafra.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Cartão postal da cidade ameaçado por proposta de mudança de lei

É muito frequente, segundo informaram os três vereadores oposicionistas ao atual prefeito, chegarem na Câmara Municipal projetos em caráter de urgência. Tempo para apreciação, análise? Nada disso. Muitos projetos chegam no mesmo dia. Como o prefeito tem maioria na Câmara (6 a 3) a maioria dos projetos encaminhados do Executivo passam sem nenhuma análise crítica e democrática.

Recentemente, em contato com alguns engenheiros da cidade, fui informado da alteração da  Lei Complementar n° 1569/2010 sobre Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo Urbano de Entre Rios de Minas proposta pelo Executivo. A lei gerou muita polêmica na época que foi aprovada, mas manteve, de certa forma, o respeito a algumas áreas específicas para que as características do centro da cidade fossem preservadas. 

A lei estabelece que os edifícios podem ter no máximo 12m de altura, afastamento frontal de 3 m, lateral de 1,5 m e de 2 m ao fundo dos terrenos. A lei varia e abre exceções para algumas vias da cidade, permitindo construções de até 20 m na avenida Sagrados Corações, por exemplo. A lei também dispõe sobre a preservação de prédios tombados e do patrimônio histórico e artístico da cidade. Porém, desde que foi aprovada, observamos o não cumprimento das normas. Construções que não respeitam o afastamento lateral, frontal, e mesmo os edifícios, que não respeitam os artigos.

A Câmara na semana passada ficou aguardando do Executivo o projeto de alteração da lei, porém ela não chegou. A expectativa é que seja encaminhada nesta quarta-feira, dia 4, na reunião ordinária, às 18h30. 

Segundo fui informado por alguns engenheiros, a proposta da prefeitura é de alterar alguns artigos, permitindo algumas construções ultrapassarem o limite permitido aos moradores construírem prédios mais altos. 

Me pergunto: e a praça do Hospital, vão permitir aumentar prédios para tampar a vista do Hospital, cartão postal da cidade? Na foto, o que aparecerá, o Hospital ou o prédio que cresceu demais? E no centro, vão permitir prédios mais altos do que aqueles que já estão lá? Verticalizar (construir prédios) é a solução para a cidade? Não seria mais interessante preservamos pelo menos o centro, que hoje, tem as características de uma cidade histórica? 

Muita gente questiona que Entre Rios não é uma cidade histórica. Realmente hoje, a cidade não é considerada histórica. Porque falta força política para articular esta entrada de Entre Rios no hall das cidades turísticas de Minas Gerais. Recentemente, Paracatu, entrou para as cidades históricas. Por quê Entre Rios não pode se tornar também? 

Muitos moradores, principalmente os que moram no centro preferem a cidade com ar mais moderno, com prédios. Porém, observamos no Brasil várias cidades que destruíram todo o patrimônio para se tornarem modernas e não viraram nem uma coisa nem outra. Minha cidade natal, Barroso, é um exemplo. Destruíram várias construções antigas por modernas. A ideia era que a cidade ficasse com o ar de metrópole. Nem uma coisa nem outra ocorreu. Hoje, Barroso vive no ostracismo, e os turistas não frequentam lá, porque não tem nada histórico para visitar.

Temos que nos espelhar em bons exemplos. Congonhas caminha para ser a 5ª economia de Minas Gerais e preserva o patrimônio histórico. Inclusive a bela praça que está sendo construída, a primeira parte na ordem de R$29 milhões, vem de um recurso do PAC das cidades históricas, uma verba do governo federal para embelezar as cidades históricas, trocando o cabeamento aéreo por subterrâneo, além de largueamento de passeios que tornam as cidades mais bonitas. Ouro Branco  também é uma cidade histórica e é muito desenvolvida. Os milhões que arrecada não impedem de preservar o centro histórico da cidade. 

Os turistas que vem a Entre Rios apreciam o casario antigo, as ruas de pedra, a Igreja Matriz, o Hospital Cassiano Campolina.... Vamos preservar o que temos, ou vamos destruir tudo e descaracterizar a cidade?

Fique atento! Não permita que a Câmara aceite a descacterização da cidade em benefício de particulares. A cidade é dos entrerrianos, é patrimônio, não é somente de alguns. Compareça nesta quarta-feira, dia 4 às 18h30 na Câmara Municipal e não permita que decidam o futuro da cidade por você.



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Sotaque mineiro: conheça e se divirta com as expressões típicas de Entre Rios e região

A língua portuguesa é muito rica, com muitos recursos e artifícios que a tornam muitas vezes divertida. Fruto da mistura da colonização portuguesa, a mistura com índios nativos e outros povos diversos proporcionaram à nossa língua um paladar sem igual no mundo. 

Cada região região tem suas expressões que a marcam. O baiano com o "arretado"(nervoso), o carioca com o "mermo"(mesmo), o paulista que fala "mano"(irmão). Enfim, são inúmeros sotaques por este Brasil afora. Mas com certeza um dos sotaques mais ricos é o dos mineiros. Aqui, as gírias não se limitam a "cê"(você), ou "trem"(coisa). Principalmente no interior, o sotaque é repleto de misturas e expressões que caracterizam cada região.

Entre Rios tem um cardápio cheio de expressões que nos deparamos no dia-a-dia. É muito comum ouvirmos, "esse sujeito é uma 'prasta' (lerdo)". Ou ainda, onde está aquela "pustema" (pessoa chata)?

Conhecer nossa cultura é essencial para preservarmos nossa identidade e guardarmos nossa história.

Tive o trabalho(imenso prazer) de colher algumas expressões do dia-a-dia na cidade. 

Faço a relação para cada um conhecê-las e identificá-las. São muitas as expressões que nossos pais, parentes e amigos usam de geração em geração e que enriquecem nossa cultura. Conto com sua ajuda para aumentarmos esta lista e quem sabe, produzir um minidicionário de expressões regionais.

Você que se lembra de alguma palavra ou expressão, poste também. Vamos fazer uma corrente pela preservação das características da linguagem da nossa cidade.

Um abraço, conto com sua participação nos comentários.


Minidicionário de expressões regionais (palavras colhidas de Entre Rios):

Conversa amarela: conversa fiada.
Cutelo: pessoa que perturba. Ex: Dá sossego "cutelo"!
Gorar: inveja, colocar "olho gordo".
Muquifo: lugar mal arrumado, sujo.
Pnóia: mentiroso. Fulano é uma "pnóia" (mentiroso).
Podriqueira: coisa ruim, podre.
Pôia: pessoa mole, sem expediente.
Prasta: gente lerda, desengonçada.
Quêde: lugar. "Quêde"(onde está) beltrano?
Sá: sô!
Sabão preto: pessoa chata. Ciclano é um "sãbão preto"(chato).
Suvelar: incomodar, "encher a paciência". Este sujeito está me "suvelando"(perturbando).
Tixa: uma ova!



quarta-feira, 13 de junho de 2012

24 mil pessoas comprovam: O rock ainda arrasta multidões


O rock não morreu. Apesar de termos a impressão de que ele está escondido, ainda continua bem vivo. Prova disso foi o show do Capital Inicial em Conhas no último dia 8 em Congonhas. Segundo a guarda municipal e a polícia Militar, 24 mil pessoas compareceram ao evento. A galera pulou, gritou e "pirou" ao som dos clássicos da banda Aborto Elétrico, primeira banda de Renato Russo ("Fátima" e "Que País é Esse?") e os sucessos do Capital como "Independência" e "Nathascha". Além do pop rock nacional, a multidão ainda curtiu interpretações do velho punk rock de Ramones e o rock pesado de Led Zeppelin.


Esse show me deu saudades de quando ligávamos o rádio e ouvíamos Pop Rock Nacional, Rock'n Roll...

Hoje, as rádios só tocam em sua maioria sertanejo. Sinceramente, não acredito que isso que está nas paradas de sucesso seja sertanejo. Sertanejo que conheço é "Tunico e Tinoco", "Chitão", "Trio Parada Dura", "Zezé e Luciano"... "Tchu tcha tcha", "Lê, lê, lê", "Ai, ai, ai, ai", pra mim não é sertanejo e muito menos música. As gravadoras acharam o "caminho das pedras", ou a "galinha dos ovos de ouro". Se o funk sacanagem   foi criticado, banalizado, mas vendeu horrores, por quê não apostar no "sertanejo universitário", ou "sertanejo sacanagem", que acredito pelas letras, é o que mais se parece?

A "dor de cotovelo" tradicional do sertanejo deu lugar ao sexo, com letras que atribuem esta conotação. É insuportável sintonizar certas rádios por ai e só ouvir isto. A grande mídia lança uma dupla por dia, ou será por minuto? Uma banda mal implaca um sucesso e as gravadoras já lançam outra com a mesma proposta de letras vazias, mas com "sílabas" diferentes. 

Sinto saudades do auge do rock e do pop rock no Brasil. Hoje, infelizmente, a sociedade gosta tanto do banal, da coisa fácil, que não quer ouvir uma letra que tenha uma crítica social ou que seja bem construída, bem elaborada. Ao ouvir no show do Capital de Congonhas "Que País é Esse"?, percebi como as músicas dos anos 80' tinham letras bem feitas e como ainda tocam a gente.

Na cidade que nasci, Barroso, quando era adolescente, tinha muitos amigos que gostavam de rock dos mais diferentes gêneros. Grunge, Trash Metal, Heavy Metal, Indie, Gótico, etc. A cidade tinha dois festivais de rock por ano, "Barrock" e "Fest Band". Estes eventos mexiam com o imaginário da juventude, além de incentivar a criação de bandas. Na escola que eu estudava, era muito comum meus colegas terem bandas.
Alguns continuam até hoje e estão atuando de forma profissional como é o caso do Rafael, da banda paulista de trash metal "Reviolence".

O rock mudou minha vida, pois aprendi a ser mais criativo, a me vestir melhor, a enxergar a sociedade de outra forma e a aprender mais sobre a música em si (ritmo, harmonia, tempo, melodia). Eu e mais tantos, andávamos pela minha terra natal de calças jeans e camisas xadrez, como a galera do Nirvana.Éramos conhecidos como a "galera de xadrez".

Vejo hoje em Entre Rios algumas bandas trabalhando muito bem como "Mira 21", "Overdose" e "Transtorno". A galera do "Farra Trio",  também tem se destacado ao misturar rock e viola.

Alguns espaços tem dado oportunidade como é o caso da danceteria Tróia e do bar Vila Lobo da minha grande amiga Cláudia. Mas acredito que é preciso mais. Podemos e temos condições de fazer um festival de música anual, ou um festival de rock todo ano. Ao ver a multidão em Congonhas no show do Capital percebi que o rock ainda é forte, só precisa ser incentivado.

Estamos perto de uma revolução cultural e musical. Quando a música banal domina o mercado, quando quase tudo o que se ouve não presta, a sociedade faz um movimento inverso, que muda o rumo das coisas. Foi assim em todas as revoluções musicais que ocorreram e transformou toda a cultura. Estamos perto desta mudança, podemos contribuir para que isso ocorra mais rápido, apoiando as bandas que estão mandando bem e cobrando isto dos nossos empresários, artistas e governantes.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

1º Festival das Quitandas e Artesanatos de Entre Rios pecou na originalidade

Foto extraída do blog de Clívia Magalhães


A intenção foi muito boa, valorizar o artesanato local e promover os cardápios da quitanda da cidade, mas a execução não foi nada plausível. A começar pelo nome, "1º Festival das Quitandas e Artesanatos de Entre Rios". Na região já temos um festival com este nome. É de Congonhas o tradicional Festival da Quitanda, uma mega estrutura, que envolve quitandeiras de toda a região, é visitado por cerca de 30 mil pessoas e que neste ano comemorou a 12ª edição com os violeiros Renato Teixeira, Sérgio Reis e o humorista Saulo Laranjeira.

A cultura de Entre Rios precisa ser valorizada e devemos apoiar as iniciativas que a promovem. Mas copiar um nome já existente, é de certa forma, limitar nossa criatividade. Na cidade temos a nossa tradicional Festa da Colheita, que tem um reconhecimento em toda a região e é um dos eventos mais importantes da cidade. Nenhuma cidade da região vai sair criando por ai uma festa com o mesmo nome, pois a primeira impressão que teríamos seria, "estão copiando nossa festa".

O 1º Festival das Quitandas e Artesanatos de Entre Rios merecia uma estrutura melhor. Nossos artistas merecem cantar em um palco bem estruturado, com som de qualidade, iluminação e não em uma estrutura de tablado, com um pano TNT enfeitando o fundo. Podem dizer que a cidade tem poucos recursos, mas se nos esforçarmos um pouco mais, conseguimos envolver os comerciantes e as empresas da nossa cidade e região para apoiar a cultura local. No caso das empresas, é de interesse delas apoiarem causas culturais, pois assim obtém impostos reduzidos.

Mais uma vez repito, é muito importante e precisamos de eventos que valorizam nossa cultura, mas é preciso envolver mais a comunidade, divulgar nas rádios da cidade (Ouro FM e Entre Rios FM), nos jornais Correio de Minas e O Fortim, na internet, em cartazes e panfletos, em carros de som, etc. 

Quando temos o envolvimento do cidadão, todo mundo sai ganhando. Poder público tem seu reconhecimento, o cidadão se sente valorizado, a mídia local prestigiada e principalmente, Entre Rios ganha com isso. É preciso caprichar mais nos eventos, valorizar mais nossos artistas, para que os turistas que visitam nossa cidade vejam que temos profissionalismo, excelência na produção de eventos e percebam que aqui é uma cidade em que as coisas são bem feitas.

Fica a dica.:envolver mais o cidadão. Com mais opiniões, erramos menos, pois ouvimos o outro lado. Acredito que Entre Rios tem capacidade de fazer eventos de gastronomia e artesanato de alto nível, bem planejados, que envolva nosso comércio, nossas associações, produtores rurais e as empresas da nossa região.

Entre Rios é conhecida no Brasil e no mundo pela originalidade, por ideias que revolucionaram a agricultura, a biologia, a política... 

Não é copiando nomes de eventos prontos que teremos mais reconhecimento ou nos tornaremos mais conhecidos. Nossa cidade tem pessoas de alta competência técnica e artística de criar eventos originais, que valorizam de verdade Entre Rios.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Saiba mais sobre o desenvolvimento em nossa região

Neste sábado, o programa Nação Jovem faz uma reflexão sobre os investimentos em mineração e metalurgia da região do Alto Paropeba. Nosso convidado é o jornalista e assessor da prefeitura de Congonhas, Alisson Ferreira Freire, que falará, em um bate-papo educativo e descontraído do momento que vive nossa região.

Você também confere muita música jovem!

Não perca! É neste sábado, às 9h, na rádio Entre Rios 98,7FM.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Entrevista amanhã o organizador do Gambike na rádio 98,7 Entre Rios FM

O programa Nação Jovem deste sábado entrevista o jovem Silvandir Vieira de Lima, organizador do Gambike, maior evento desportivo de Entre Rios.

Conheça tudo sobre a estrutura grandiosa do evento, como é elaborado, o número de atletas previstos, o apoio, os parceiros, a expectativa desta 9ª Edição em um bate-papo descontraído.

Além de muita música de qualidade e a opinão da juventude de Entre Rios.

Não perca, neste sábado, às 9h na 98,7 Entre Rios FM.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Jeceaba obtém primeiro lugar em Gestão Fiscal - Entre Rios assiste



Enquanto Entre Rios manteve um desempenho discreto, com 0.6893 pontos, na 79ª posição, Jeceaba obteve primeiro lugar, com 0.9388, no Índice FIRJAN de Gestão (IFGF) no estado de Minas Gerais, que mede o desempenho na gestão de recursos públicos nos municípios, divulgado no mês de março. Foram avaliados cinco indicadores: Receita Própria, Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida. 

O conceito de avaliação considerou três notas para as gestões. Sendo A, para resultados superiores a 0,8 pontos, B, entre 0,6 e 0,8 pontos, C, entre 0,4 e 0,6 pontos e D, inferiores a 04 pontos.

O índice tem como base as estatísticas oficiais disponibilizadas anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional, constituídas por informações orçamentárias e patrimoniais prestadas pelos próprios municípios. A leitura do IFGF é simples: a pontuação varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, melhor a gestão fiscal do município no ano em observação.

O município de Jeceaba obteve nota A em quatro, dos cinco indicadores, sendo destaque no estado. Entre Rios, obteve um desempenho muito discreto, com uma administração dos recursos bem modesta. Acompanhe no gráfico abaixo.

ÍNDICE FIRJAN EM ENTRE RIOS DE MINAS
POSIÇÃO
79ª
PONTUAÇÃO
0.683
GASTOS COM PESSOAL
0.546
INVESTIMENTOS
1 PONTO
LIQUIDEZ
0.9061
CUSTO DA DÍVIDA
0.994

A receita de Entre Rios quase não obteve avanços. Passou de 0.1655 em 2006 para 1.697 em 2010.
Os gastos com pessoal, diminuíram de 0,5664 em 2006 para 0,5460 em 2010. 

A cidade teve avanços positivos em investimentos e liquidez. Os investimentos saltaram de 0.6651 em 2006 para 1 (um) ponto em 2010 e a liquidez evoluiu de 0.7163 em 2006 para 0.9061 em 2010. O endividamento do município manteve-se o mesmo com 0.9944 pontos.

A receita de Entre Rios é uma das mais baixas de Minas e do Brasil, com pontuação D. Em comparação com outras cidades mineiras, Entre Rios tem a 465ª posição e no Brasil o desempenho é ainda pior, com a 2810ª posição.

Entre no site da FIRJAN e acompanhe os dados: http://www.firjan.org.br/ifgf/index.html


Opinião:

Muitos podem atribuir o melhor desempenho de Jeceaba no índice FIRJAN pela chegada da VSB. De fato, com um investimento de cerca de 2,5 bilhões, o município tem a possibilidade de distribuir melhor os recursos. No entanto, somente mais recursos, não é o único fator para uma boa administração. Responsabilidade com a comunidade, investimentos nas áreas sociais e principalmente, transparência com o dinheiro público, são elementares na construção de uma administração séria e comprometida.

Entre Rios, como mostrou a matéria, não foi nem quente nem frio, foi morno. Para a cidade melhorar o desempenho é preciso mais clareza nas contas públicas, como a prestação de contas do município disponível no portal da prefeitura ou nos jornais locais. Ouvir o cidadão, sem censurá-lo, também é importante, para a prefeitura investir nas áreas que mais carecem a população.

O indicador que mostra a queda de gasto com pessoal, a princípio, pode parecer uma economia para o município, mas também pode ser uma preocupação. Com menos gastos com pessoal, os serviços tendem a perder a excelência e o cidadão deixa de ser atendido adequadamente nas diversas áreas. A receita do município é muito baixa. Porém, nos últimos anos, observamos poucos investimentos. Enquanto São Brás do Suaçuí, outra cidade com uma população bem menor que Entre Rios, receberá indústrias na área de siderurgia na casa de 200 milhões, o entrerriano fica com a impressão de que estamos de braços cruzados. Enquanto a região inteira está crescendo, Entre Rios está apenas na carona, recebendo o ônus(problemas) destes investimentos.

Gerir recursos é um dever de todo governo, como é dever divulgar com clareza a prestação de contas a todos os cidadãos. É dever também da administração buscar parcerias, indústrias, para melhorar a arrecadação e a receita do município, para podermos ter serviços de qualidade na saúde, educação, assistência social, na infraestrutura e na prática esportiva do município.

É preciso mais ousadia. Entre Rios precisa ser o ator principal. Senão, é melhor comprar um ingresso e assistirmos sentados o espetáculo do crescimento das cidades da região.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Gambike amplia sua força como competição estadual




Sucesso, o Gambike chega à sua 9ª edição com reconhecimento nacional. O evento que atrai atletas de todo o estado, no final do ano passado conseguiu mais duas grandes conquistas. O reconhecimento pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, que oficializa a marca do Gambike como única no mundo e a possibilidade de pontuação  pelo Ranking Mineiro da categoria pela FMC - Federação Mineira de Ciclismo, para atletas mineiros, que agora podem alcançar índice em competição estadual.

Em entrevista ao blog Nação Jovem, Silvandir Vieira de Lima Organizador e Idealizador do evento nos conta um pouco da trajetória do Gambike e a importância deste evento para Entre Rios de Minas e para todo o estado de Minas Gerais.

N. J: Como surgiu a ideia do nome Gambike? 
Silvandir:  Foi uma singela homenagem à conhecida serra do Gambá, relacionando um nome perfeito, "Gambike", à tão exuberante natureza da paisagem que é ponto de referência de longe, quando avistada. Desde então, fazemos uma edição a cada ano, desde 2004.


N. J: Por que fazer uma competição?
Silvandir: Identifiquei-me com a atividade e tive apoio de pessoas influentes da área, como o Tadeu, que tinha uma trajetória no esporte, sendo um dos principais nomes da AMETUR, hoje, Copa Internacional de Mountain Bike. O Gambike nasceu com a proposta que vem a se promover, através da ação, esportiva e desportiva, o desenvolvimento pessoal e social, cultural e ambiental, como forma de lazer, entretenimento, melhoramento da qualidade de vida de crianças e adolescentes, contribuindo para a construção de uma visão mais ampla da realidade em que estão inseridos, na busca do exercício pleno de sua cidadania. O evento é caracterizado pelo órgão federal INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial como provedor de Educação, Provimento de Treinamento, Entretenimento, Atividade Desportiva e Cultura.


N. J: Nestes nove anos de competição, o que mais marcou?
Silvandir: Foram muitos momentos. Fica difícil descrever um em específico. Mas o que marca muito é o reconhecimento do público envolvido diretamente e indiretamente, o envolvimento das empresas de nossa região, e agora esta marca atingida junto à Federação Mineira de Ciclismo.


N. J: Como é feita a escolha das vias? Você encontra dificuldades para traçar o trajeto?
Silvandir: Fazemos o planejamento através de um mapa que desenvolvemos da cidade, observando cada situação. Escolhemos as vias que preservam a integridade física dos atletas e que não comprometa de forma significativa o trânsito da cidade. Acho que por ser um evento que atingiu este know how, poderíamos ter mais liberdade em trabalhar esta grandiosa atividade na cidade.


N. J: A marca Gambike foi reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial recentemente. O que isto significa?
Silvandir: Foi feita uma pesquisa autoral, respaldando o evento. A marca é única no mundo e agora registrada como propriedade de minha autoria. 


N. J: E sobre o reconhecimento da Federação  Mineira de Ciclismo, o que isto significa para o Gambike?
Silvandir: Este título foi em virtude da seriedade e comprometimento do evento ao longo destes nove anos. Acredito que vamos atrair ainda mais atletas para a prova. Como atingimos o ranking da classe três, os atletas mineiros, poderão obter índice classificatório para outras competições estaduais.


N. J: Como é dividida esta questão do Ranking?
Silvandir: A Federação classifica da seguinte forma:
Ranking 1 - Nível internacional - UCI
Ranking 2 – Nacional - CBC
Ranking 3 – Estadual - FMC
As provas poderão fazer parte do ranking mineiro, desde que respeitadas todas as normas e regulamento da UCI, CBC e FMC.


N. J: O Gambike é um evento que conseguiu manter uma sequência durante nove anos. Em Entre Rios de Minas, outros eventos de iniciativa da sociedade civil não conseguiram manter esta duração. Em sua opinião, por que isto acontece? 
Silvandir: Acho que há conflitos de interesses entre a sociedade e o poder público. Os poderes constituídos deveriam não só apoiar, mais sim financiar os eventos que são iniciativas que promovem  o índice do desenvolvimento humano através da cultura e do desenvolvimento social, o esporte e o lazer da cidade. Tínhamos em Entre Rios de Minas vários outros eventos desta natureza que valorizavam a cultura. Acredito que por divergências políticas e conflitos de interesses, eles não conseguiram manter uma sequência. O Gambike permanece firme e forte. Corremos muito atrás para que o evento aconteça a todo ano e deixamos bem claro os objetivos e a proposta do Gambike para a cidade e para Minas Gerais. É de conhecimento público que as prefeituras municipais não dispõem de estruturas básicas suficientes para atender eventos de acordo com as necessidades da população. Principalmente em razão de suas atenções estarem voltadas para os aspectos básicos nas áreas de saúde, segurança e habitação. Desta maneira, é fundamental, e até imprescindível, a ação do Poder Público Municipal no reforço, apoio e promoção de eventos esportivos, de lazer e infraestrutura. O Gambike elabora seu projeto específico, com vista a estimular a população do bem-estar social, turista, excursionista e demais visitantes. Com a execução deste projeto, o Gambike pretende proporcionar a população com ação desportiva e recreativa na praça principal da cidade. 


N. J: O Gambike este terá novo trajeto este ano?
Silvandir: Sim. Este ano o ponto de partida e chegada dos atletas será na Praça Cel. Joaquim Resende - Centro. É um local com muitas árvores, seguro e que é cortado por poucas vias. Com certeza irá diminuir os impactos sobre o trânsito e principalmente preservar a integridade dos atletas.




Mais informações e inscrições para o Gambike 2012 através do blog: http://gambike.blogspot.com/

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Novos índices comprovam: Desigualdade diminui no Brasil







A revista Carta Maior no ótimo texto de Emir Sader, grande sociólogo, faz uma reflexão dos novos dados que comprovam que a desigualdade social no Brasil está em decadência, desde 2000.
As políticas de distribuição de renda que tiveram início no governo Lula, que tiveram continuidade na administração de Dilma, como Bolsa Família e o Prouni, que inclui jovens nas universidades, foram ferramentas essenciais que contribuíram para que o índice começasse a cair de a cada ano. 
Enquanto a desigualdade está em queda no Brasil, ela aumenta a cada dia na Europa. A política neoliberal de enfraquecer a máquina do Governo, através de demissões e arrochos salariais é contestada com estes novos números.
No caminho certo está o Brasil, que em meio à crises financeiras, ao invés de poupar gastos com demissões para pegar mais dinheiro emprestado ao FMI, ao contrário, investe no mercado interno, diminui alguns impostos e aumenta o acesso às universidades.

Leia na íntegra o artigo de Emir Sader na Carta Maior:

A desigualdade no Brasil e no mundo


“A desigualdade brasileira está entre as dez mais altas do mundo, apesar de estar no piso das nossas séries históricas.” Assim começa Marcelo Cörtes Neri artigo no Valor sobre o tema..
A grande novidade no mundo é que a desigualdade diminuiu, graças sobretudo à sua diminuição em países como a China, a India e o Brasil, enquanto ela aumenta nos países do centro do capitalismo. A China e a India abrigam a metade dos pobres do mundo, então os efeitos da diminuição da pobreza nesses países é determinante para sua inédita diminuição em escala mundial.

A trajetória da desigualdade de renda no Brasil, de 1970 a 2000, diz o artigo “lembra o cardiograma de um morto”, isto é, nao se moveu, nem com democracia, nem com ditadura, nem com expansão, nem com recessão. “O único sinal de vida foi dado no movimento de concentração de renda ocorrida entre 1960 e 1970, quando o Gini chega próximo a 0,6, e se estabiliza nesse patamar”. Isto, sob o feito do golpe, da repressão aos sindicatos, ao arrocho salarial, à concentração de renda e à exclusão social promovidos pela ditadura, aumentou ainda mais a desigualdade e ficou nesse patamar até os anos 2000.

A desigualdade de renda no mundo começa a cair com o crescimento chinês – ao contrario do que se propala, que teria aumentado na China a desigualdade com o crescimento – indo de 0,63 em 1990 a 0,61 em 2000. A inflexão mais acentuada se dá a partir de 2000, quando a expansão econômica se dá também na India. Na sua combinação, o Gini mundial cai para 0,54 em 2009, chegando ao piso da seria iniciada em 1950.

De forma similar e paralela, a queda brasileira se dá já nos anos 2000. Depois de 30 anos de alta desigualdade inercial, o Gini começa a cair, passando de 0,6 a 0,54 em 2009. A desigualdade continua em queda, em 2010 cruza o piso de 1960 e entra no 12. Ano de queda consecutiva. “Em janeiro de 2012 o Gini atinge 0,519, caindo no ano passado a uma taxa quase duas vezes mais acelerada que dos primeiros anos da década passada.” 

O descolamento entre os emergentes e os países do centro do sistema se acentua com a crise atual, em que a aplicação de políticas recessivas e seletivamente cruéis contra os mais pobres. “Os primeiros anos do início do novo milênio será conhecidos nos futuros livros de história brasileira e de história geral , como de redução da desigualdade. Em contraste com os móvitos da ocupação de ícones de riqueza americana e europeia a começar por Wall Street”, termina ele o artigo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Acervo histórico de Congonhas atrai atenção da comunidade internacional



Nuria Sanz,chefe da Unidade para América Latina e Caribe do Comitê do Patrimônio Cultural da UNESCO e Luiz Fernando de Almeida, presidente do IPHAN


Uma comitiva composta pelo presidente do IPHAN, Luiz Fernando de Almeida, Nuria Sanz, chefe da Unidade para América Latina e Caribe do Comitê do Patrimônio Cultural da UNESCO, e representantes dos governos do Uruguai e da Colômbia visitou Congonhas na sexta-feira, dia 10.


Os representantes latino-americanos participaram II Ciclo do Informe Periódico para América do Sul que ocorreu em Ouro Preto, de 9 a 11 de fevereiro, sobre as cidades que detêm o título de Patrimônio Cultural Mundial na América do Sul.  “É um ciclo que, a cada dez anos, acontece para se fazer um relatório da preservação deste Patrimônio em nosso continente”, analisa o presidente do IPHAN.

Luiz Fernando trouxe a delegação à cidade para visitar o Memorial Congonhas - Centro de Referência do Barroco e Estudo da Pedra, que está na segunda fase de obras, e para conhecer o Santuário do Senhor do Bom Jesus de Matozinhos.  Segundo ele, a visita dá a dimensão da importância de Congonhas como referência mundial em preservação. “O Memorial é um marco. Fazia muito tempo que o IPHAN não fazia uma intervenção contemporânea dentro de um sítio que é Patrimônio da Humanidade. Mostrar que é possível conciliar uma boa arquitetura (contemporânea) com a preservação do passado é muito importante para apontarmos novos rumos para a política de preservação e para a própria sociedade também”, destaca.

Outra dimensão do Ciclo, segundo o presidente do IPHAN é fomentar a cooperação. Luiz Fernando acredita no potencial do Memorial Congonhas como destaque internacional em preservação. “O Centro de Referência e Estudos da Pedra pode cumprir o seu papel além do Brasil. O problema que enfrentamos com a pedra que acontece em Congonhas é similar à situação que vários países estão encontrando”, destaca.

A uruguaia Nuria Sanz, chefe da Unidade para América Latina e Caribe do Comitê do Patrimônio Cultural da UNESCO, disse que conhecia Congonhas apenas pelos livros e ficou impressionada ao ver de perto a riqueza das esculturas e destaca a festa da peregrinação do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.”O que mais me impressiona, além da beleza das obras de arte, é que aqui, em uma semana, se concentram 150 mil pessoas. O fervor da peregrinação e um sítio intacto como este nestas condições é o que realmente chama atenção na preservação do Patrimônio Cultural”.

"Venho ao Brasil duas vezes ao ano nestes encontros com autoridades do IPHAN, Fundação Vale e do Instituto Chico Mendes para avaliar o estado de conservação dos bens que estão inscritos na lista de Patrimônio Cultural Mundial. Identificamos as prioridades para toda a região, as formas de cooperação entre todos os países”, explicou Nuria. Ela adianta as negociações com o governo brasileiro para a criação de uma sede da UNESCO no Rio de Janeiro, que capacite equipes de diversos países sobre recuperação e preservação patrimonial: “Esta sede levaria o nome do (arquiteto e urbanista) Lúcio Costa e teria como objetivo restaurar peças e ministrar cursos à toda a comunidade da América Latina, América Central, Caribe com uma projeção aos países africanos”.


Assista o vídeo e conheça o Memorial Congonhas que está em segunda fase de obras:



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Museu dos Tropeiros terá apoio da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais


O Museu dos Tropeiros de Entre Rios de Minas tem resposta da Superintendência de Museus e Artes Visuais (SUMAV). Após matéria publicada semana passada, que mostrou a realidade do espaço e as dificuldades de mantê-lo, o blog Nação Jovem entrou em contato com a instituição para dar suporte ao museu. Enviamos fotos e o release, que relatou grande parte do acervo. Cláudio Henrique, idealizador do espaço, com o apoio da instituição, iniciará o processo de formatação do projeto para buscar recursos do governo do Estado. 


Segue abaixo e-mail da SUMAV, em resposta ao pedido de apoio ao Museu dos Tropeiros. 

Prezado Alexandre,

Antes de mais nada obrigada por nos procurar.  
Para o conhecimento de vocês, um dos principais programas da Superintendência de Museus e Artes Visuais é o de  Assessoria e Formação Profissional - vinculado a uma das duas grandes linhas de ação da instituição que é a de promover a articulação do Sistema Estadual de Museus em Minas Gerais.
As assessorias são decorrentes de pedidos de procedência externa e cabe à SUMAV acompanhar e auxiliar o solicitante na condução de procedimentos técnicos. Caso  o solicitante não possua profissionais capacitados na área, pode contratar serviços de terceiros, contando com a orientação e o acompanhamento da superintendência.
Os temas recorrentes nas assessorias são: plano museológico, inventário de acervos museológicos, conservação preventiva de acervos, implantação de museus, fomento, expografia e ação educativa.

Pelo que você informou sobre o Museu dos Tropeiros, será necessária a elaboração de projetos de lei para a captação de recursos para a manutenção do museu. Para que possamos ajudá-los, o melhor será agendarmos  uma reunião aqui na Superintendência de Museus com a presença do Cláudio. 

Aguardo seu  retorno.

Atenciosamente,


Ana Maria A. F. Werneck
Diretora de Desenvolvimento de Linguagens Museológicas
Superintendência de Museus e Artes Visuais
Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais




Fique por dentro:


O Museu está funcionando em novo horário, de segunda a sábado, de 9h às 16h, à Praça Senador Ribeiro, 183 – Centro – Entre Rios de Minas – MG.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Museu dos Tropeiros - Um encontro com a origem de Entre Rios de Minas




Ao entrar pelo museu dos tropeiros, temos um reencontro com a história de Entre Rios e região. Utensílios de pedra dos índios Cataguases, ferramentas de escravos, relíquias e artefatos usados pelos tropeiros, espadas, além de moedores de milho, café e todo material usado no cotidiano da época. É uma verdadeira volta ao passado desta terra.
Esta bela iniciativa em favor da cultura e do patrimônio histórico de Entre Rios surgiu do artista plástico Cláudio Henrique Cardoso Pena, 49. Ele é casado com Evânia Aparecida de Freitas Cardoso e pai de Jéssica e Cláudia.
A paixão por colecionar objetos do passado surgiu ainda na juventude. “Comecei com 19 anos colecionando chaves. Garimpei outras peças e a cada dia que passava eu ficava mais apaixonado e empolgado em buscar mais e mais relíquias”, comenta.
Na busca pelas relíquias Cláudio não mediu esforços e comprou, ao longo de 30 anos as peças do acervo. “Paguei pela maioria das peças. Outras encontrei vasculhando lixo pelas ruas”, relata. A ideia de montar o museu surgiu do compromisso e do sentimento de compartilhar com Entre Rios todo este acervo histórico. “Não queria que esta riqueza ficasse só para mim, então decidi abrir o museu. O proprietário ‘Nem do Josias’, me deu um mês de carência no aluguel para que eu pudesse restaurar algumas peças e abrir o museu.  Pago R$600,00 por mês”, conta.
O artista procurou orientação no Departamento de Cultura da prefeitura de Entre Rios e não obteve informações sobre como regularizar o museu e receber incentivos das leis de apoio aos museus, ou mesmo do fundo municipal de cultura. “Me disseram que a única coisa que poderiam fazer por mim era deixar eu funcionar sem alvará. Não me deram nenhum apoio financeiro ou me explicaram como faço para conseguir. Sem verba é muito difícil manter o museu”, desabafa Cláudio.
Ainda segundo o artista, o apoio que tem recebido até o momento é de veículos de comunicação. Jornal Correio de Minas, portal Entre Rios News, rádio Ouro FM e do blog Nação Jovem tem sido os apoiadores. O Instituto Maria Helena Andrés se comprometeu nos próximos meses a ajudar no pagamento do aluguel.
O blog Nação Jovem apóia a iniciativa de Cláudio e encaminhou e-mail à Superintendência de Museus e Artes Visuais – SUMAV, órgão competente no que tange a museus no Estado, matéria informando sobre o acervo do museu dos tropeiros, além das fotos para registrar as peças. Aguardamos retorno e orientações para registrar o museu para que ele possa receber verbas para manutenção e funcionamento.
Visite você também o museu dos Tropeiros.
Horário de funcionamento – todos os dias de 9h às 19h
Praça Senador Ribeiro, 183 – Centro – Entre Rios de Minas – MG



sábado, 28 de janeiro de 2012

Abaixo assinado em Entre Rios dá resultado


                                                                             Abaixo assinado dos moradores. Não exibimos o documento original  para preservar a identidade das pessoas que aderiram.



O trevo principal de Entre Rios que tem acesso à MGT 383 sempre foi motivo de reclamações dos moradores da cidade. A pouca iluminação, o risco de assaltos, a falta de guarita para passageiros que ficam expostos à chuva, além de ser a porta de entrada que não valorizava a cidade. Após muitos anos de inúmeras reclamações e nenhuma providência, um cidadão, Sr. Rivael Nunes Machado, decidiu fazer um abaixo assinado e correr atrás junto ao DER – MG (Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais) para atender às solicitações dos entrerrianos. O abaixo assinado deu certo e já observamos a instalação de radares, sinalização e iluminação. Segundo o DER, em breve serão colocadas as guaritas.

O blog Nação Jovem entrevistou Rivael, que nos contou detalhes desta manifestação popular que deu resultado. Disponibilizamos também os documentos para você, leitor, ter uma visão mais objetiva dos fatos.

1 - Nação Jovem: Qual o seu nome, profissão?

R: Rivael Nunes Machado, empresário.

2 - Nação Jovem: Como surgiu a ideia do abaixo assinado para colocação de radares e da iluminação do trevo?

R: Pela grande quantidade de acidentes ocorridos no trevo. Com a falta de iluminação e guaritas, os usuários dos ônibus interurbanos ficavam sem proteção para as chuvas e no escuro, correndo risco de assaltos e outros tipos de violência.
A Polícia Rodoviária Estadual, através do 2º Ten.  da PM Cristiano Ferreira de Oliveira teve uma grande participação, nos fornecendo boletins de ocorrência dos acidentes no período 2007/2010.

3 - Nação Jovem: Como foi a aceitação do documento, quantas pessoas assinaram?

R: Fiz o abaixo assinado,  coloquei em vários pontos comerciais entre julho e agosto de 2011 e fiz a divulgação na rádio Ouro FM e no motolink. O texto pedia as pessoas para assinarem as reivindicações descritas abaixo:
- colação de redutores de velocidade;
- sinalização adequada;
- iluminação;
- guarita para passageiros.
Ao todo foram 1.803 assinaturas das pessoas interessadas nas reivindicações e melhorias para a entrada de nossa cidade.

4 - Nação Jovem: Qual foi o procedimento e encaminhamento do abaixo assinado?

R: Após o recolhimento do abaixo assinado, anexei junto às ocorrências cedidas pela Polícia Rodoviária Estadual e encaminhei pessoalmente um ofício ao Diretor Geral do DER – MG, Dr. José Elcio Santos Moteze. Ao ler o documento, ficou impressionado com a concisão dos dados e declarou urgente a autorização e intervenção no trevo da cidade, ao que compete ao DER, atendendo às solicitações reivindicadas no abaixo assinado.





5 –Nação Jovem:  Qual foi o prazo entre a entrega do ofício e a realização das obras?

R: O abaixo assinado foi entregue junto com o ofício no dia 17 de agosto de 2011 e as obras foram iniciadas em meados de novembro e estão sendo concluídas agora.

6 – Nação Jovem: Nesta conquista, quem participou efetivamente do processo?

R: Todo o mérito é da população que acreditou neste trabalho. Participaram comigo também  o 2º Ten.  da PM Cristiano Ferreira de Oliveira, o Diretor Geral do DER – MG, Dr. José Elcio Santos Monteze, o Diretor Regional da CEMIG, Sr. Lúcio Wanderlei Carvalho dos Santos, o Deputado Estadual Sr. Luiz Carlos Miranda e o Sr.  José Walter Resende Aguiar.

7 - Nação Jovem: Qual a avaliação que você faz deste tipo de manifestação popular?

R: Abaixo assinado dá resultado e estou à disposição para outros.





Acima, resposta do DER ao Deputado Estadual Luiz Carlos Miranda sobre as reivindicações do abaixo assinado



À esquerda, relatório da Polícia Rodoviária Estadual sobre os acidentes na MGT 383 na região de Entre Rios de Minas