Hoje, ao abrir minha página pessoal no Facebook, me deparei com uma frase com os dizeres, o "Jovem e a política, quem aí se candidata"? Esta pergunta é o título de um texto publicado por um amigo da cidade de Barroso - MG, Antônio Claret em seu blog. Antônio é formado em relações internacionais e é um jovem preocupado com o futuro político da cidade onde mora. Barroso, minha terra natal, desde que me entendo por gente, é governada por dois grupos políticos que se alternam no poder. Quando um vai mal, a população vota no outro grupo que faz oposição. Ao refletir mais um pouco sobre esta situação, percebi que esta é a realidade de várias cidades do interior de Minas Gerais. Pelo fato de serem pequenas e terem poucos equipamentos de construção da consciência ideológica como teatros, cinemas, universidades, clubes de serviços como Lions, Rotary e Rotaract, o senso crítico é pouco estimulado. Resultado: o poder fica na mão de poucos que o detém. Já dizia o psiquiatra e pai da psicanálise, Sigmund Freud, "só o conhecimento traz o poder".
Vejo em várias pessoas um certo pessimismo com as instituições: religião, filosofia, sociedade e principalmente com a política. Com uma herança maldita de troca de favores e enriquecimento de grupos hegemônicos da mídia, a sociedade se pauta pelos casos de corrupção, burocracia e desrespeito com o dinheiro público. Estas são tristes realidades que enfrentamos e que causam desencanto. Mas a mídia, ao mesmo tempo que pauta, é movida por interesses e usa dos apelos estéticos que tem para atingí-los. Uma das coisas mais perversas que a mídia faz é alienar a sociedade. Ao recortar uma notícia e direcioná-la para onde quiser, ela provoca, na minha opinião, no caso específico da política, um distanciamento e o sentimento de que é impossível mudar.
Mas vejo uma luz no fim do túnel. Na época que vivemos, em que conquistamos a liberdade de expressão através de nossos pais nas lutas contra a ditadura, quando ainda eram jovens, temos vários canais de nos manifestarmos. A internet, através de redes sociais como Orkut, Facebook, Twitter, Messenger e blogs como este, podem ser ferramentas de transformação da sociedade. Haja vista o movimento “Primavera Árabe”, que derrubou ditadores no norte da África e no Oriente Médio recentemente. Os jovens faziam provocações e marcavam manifestações pela internet.
Uma das coisas que você, que é jovem precisa entender, é que é impossível mudar a sua cidade, bairro ou região sem ocupar o espaço da política. Precisamos deixar de lado, os preconceitos e influenciarmos as pessoas com boas ideias. Se há políticos ruins, por que então, você que é jovem não entra para um partido e começa a fazer mudanças?
A juventude não pode simplesmente fechar os olhos e ignorar a política. Se não tivermos bons governantes, o que farão com nossa cidade? O que farão com os impostos que pagamos? Continuaremos a perpetuar coronéis e grupos políticos hegemônicos que beneficiam a quem bem entendem? Repito o questionamento no inicio do texto, do meu amigo Antônio Claret, "Jovem e a política, quem aí se candidata"? O prazo para filiação em partidos termina esta semana. Se você quer mudar a cidade, tem que se apoderar desta ferramenta que é a política. O mundo precisa de novas ideias, de pessoas que tem compromisso. Faça a sua parte, tente mudar o que tanto te incomoda. Somente com a renovação política a sociedade poderá voltar aos tempos atenienses em que as prioridades eram os desejos e anseios do povo e somente dele.
Acesse o blog abaixo e veja que os jovens de outras cidades também estão preocupados com o futuro político onde moram:
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